Em março de 2025, o governo dos Estados Unidos, sob a liderança do presidente Donald Trump, anunciou a aplicação de tarifas de 25% sobre as importações de aço e alumínio, com impacto direto sobre o Brasil — um dos principais fornecedores desses materiais para o mercado norte-americano.
De acordo com dados do Ministério da Economia, as exportações brasileiras de aço e alumínio para os Estados Unidos totalizaram aproximadamente US$ 3,2 bilhões em 2024, sendo compostas majoritariamente por produtos semiacabados, como placas e tarugos. Estes correspondem a cerca de 60% do volume adquirido pelos EUA.
🧾 Justificativa dos EUA
A medida foi fundamentada na Seção 232 da Lei de Expansão Comercial norte-americana, que permite a imposição de barreiras tarifárias por motivos relacionados à segurança nacional. Segundo o governo dos EUA, a decisão tem como objetivo proteger a indústria doméstica da concorrência externa considerada desleal, especialmente diante da superprodução global observada nos últimos anos.
🇧🇷 Reação oficial do governo brasileiro
Em resposta à decisão, o governo brasileiro classificou as tarifas como injustificáveis e equivocadas, ressaltando que a imposição unilateral de barreiras comerciais compromete negativamente o relacionamento bilateral e fere os princípios do comércio internacional.
O Ministério das Relações Exteriores (Itamaraty) informou que o Brasil está em contato com autoridades norte-americanas na tentativa de buscar uma solução diplomática. Paralelamente, o país estuda a possibilidade de acionar a Organização Mundial do Comércio (OMC) para contestar formalmente as medidas.
🔍 Perspectivas e próximos passos
A médio prazo, a medida pode acarretar impactos significativos à indústria siderúrgica brasileira, tanto em termos de receitas quanto de manutenção de empregos e investimentos. O governo federal e o setor produtivo avaliam estratégias para mitigar os prejuízos, incluindo a diversificação de mercados e a revisão de políticas comerciais.
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